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DE NITERÓI A PILARES DE TREM

 




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Por Carlos A.Ramos (‘Melekh’)*

 

Saudações ferroviaristas.

Farei um breve relato desta expedição-aventura, realizada no ano de 2007:

Saí de casa umas 04h50min aproximadamente, embarquei no trem em Pilares, desci na Central e peguei o ônibus para Niterói, não tenho certeza do número, mas acho que era o 100.

Desembarquei no ponto após a descida da ponte e caminhei por alguns minutos até a Estação Santana do Maruí, a mesma que todos conhecemos.

Estação Santana do Maruí – Imagem: Melekh

 

Estação Santana do Maruí – Imagem: Melekh

 

Estação Santana do Maruí – Imagem: Melekh

O horário da partida do trem era 7 h ou 7h30min, mas o trem chegou atrasado e acabou saindo umas 8h10. 

Plataforma da estação Santana do Maruí – Imagem: Melekh

 

Locomotiva chegando na estação Santana do Maruí – Imagem: Melekh

 

Estado precário da composição – Imagem: Melekh

 

Estado precário da composição – Imagem: Melekh

 

Estado precário da composição – Imagem: Melekh

 

Interior da composição – Imagem: Melekh

Antes da partida, conversei com os PFF que, ao meu pedido, me mostraram a Carteira Funcional da Policia Ferroviária Federal, parecida com esta que te enviei.

Imagem ilustrativa

Os PFF me confidenciaram que o governo estava para “legalizar” a função e assim seriam absorvidos pelo Ministério da Justiça…

Policias ferroviários no interior do carro de passageiros – Imagem: Melekh

Bom, o trem partiu e conversei com o maquinista, pedindo para ele esperar um pouco nas estações, pois eu registraria em fotos as mesmas… e isso fiz com algumas.

Estação Barreto – Imagem: Melekh

 

Estação Porto de Madama – Imagem: Melekh

No curso da viagem, um agente da Central Logística vinha fazendo a cobrança da passagem e, num ímpeto, acabei comprando quase todos os tickets da passagem, que custavam uns R$ 0,80, se não me falha a memória.

Imagem ilustrativa

Em determinado momento, já próximo de Alcântara, o trem apresentou problemas e ficou um tempo parado, com uns funcionários da Central Logística tentando consertá-lo. Neste ínterim, os policiais ferroviários davam cobertura, pois o local era área de risco.

Estação Alcântara – Imagem: Melekh

 

Parada Laranjal – Imagem: Melekh

 

Parada Amaral – Imagem: Melekh

 

Parada Fazenda Sampaio – Imagem: Melekh

Sanado o problema, a viagem prosseguiu e mais adiante, próximo à faixa de domínio da ferrovia, havia um corpo de um homem assassinado, com a PM resguardando o local.

Estação Visconde de Itaboraí – Imagem: Melekh

 

Estação Visconde de Itaboraí – Imagem: Melekh

Chegando a Visconde de Itaboraí, perguntei qual seria o horário em que o trem retornaria a Niterói e me informaram que o trem estaria com problema e teria que ser levado à Oficina em Triagem. Conversei com alguns funcionários e soube que o trem seguiria para Guapimirim, onde buscaria outros vagões e levaria junto para a Oficina.

Num derradeiro impulso, mostrei a minha carteira da AFPF que me foi entregue recentemente pelo saudoso Luis Octávio, e esta, como num passe de mágica, me “abriu as portas” para o início de uma Viagem Ferroviária Impar e que acredito, jamais fora realizada por outra pessoa e, infelizmente, não é mais possível.

VEJA TAMBÉM  O motivo do fracasso das ferrovias no Brasil (6) — Os egressos da RFFSA no futuro das ferrovias
Carteira funcional da AFPF – Imagem: Melekh

Aguardamos por alguns minutos, aproximadamente uns 25 minutos, quando o maquinista me avisou que já estava de partida e me perguntou se eu queria ir à locomotiva com ele ou nos vagões… preferi ir nos vagões. O trem partiu, pegou o desvio e adentrou na linha, rumo a Magé. Nesse ínterim, tirei algumas fotos, algumas até hoje não revelei em papel.

Uma das grandes pontes no trecho entre Magé e Visconde de Itaboraí – Imagem: Melekh

 

Uma das grandes pontes existentes entre Magé e Visconde de Itaboraí – Imagem: Melekh

 

Prédio descaracterizado da estação Magé da E.F. Teresópolis – Imagem: Melekh

 

Pátio da estação Magé – Imagem: Melekh

 

Estação Magé – Imagem: Melekh

Chegando em Magé, aguardamos um pouco e seguimos para Guapimirim. Lá chegando, foram juntados mais uns três vagões, formando um comboio com os vagões que vieram de Niterói.

Posando junto à locomotiva 2359 da Central Logística – Imagem: Melekh

 

Locomotiva em Guapimirim – Imagem: Melekh

 

Instalações em Guapimirim – Imagem: Melekh

 

Parada Maringá – Imagem: Melekh

 

Parada Capim – Imagem: Melekh

Novamente paramos em Magé, pois precisávamos esperar o cargueiro da FCA que estava próximo… o mesmo surgiu uns 20 minutos aproximados… não posso descrever com palavras o quanto me emocionou, ainda fico ao lembrar.

Trem de cargas da FCA passando pela estação Magé, em direção ao Norte Fluminense – Imagem: Melekh

 

Trem de cargas da FCA passando pela estação Magé, em direção ao Norte Fluminense – Imagem: Melekh

 

Trem de cargas da FCA passando pela estação Magé, em direção ao Norte Fluminense – Imagem: Melekh

Fiquei a fotografar e admirar toda aquela situação na qual estava vivenciando, sabendo que ainda viriam mais surpresas à frente. Tudo eu anotava em um caderninho, horários, nome dos funcionários, guardas, maquinistas, telefones, endereços… infelizmente perdi essas anotações. Após a passagem do Cargueiro da FCA, prosseguimos a viagem e, em algumas estações, parávamos para algumas fotos; agora eu já estava viajando na cabine da locomotiva com outros maquinistas e funcionários.

Estação Jardim Primavera – Imagem: Melekh

Chegamos então a Saracuruna, quando os mesmos foram almoçar, eu aproveitei para ir a um bar no local e fiz uma “boquinha” e voltei, pois prosseguiríamos a viagem até a Oficina de Triagem.

Estação Gramacho – Imagem: Melekh

Ao contrário do que disse o companheiro Bernardo, segui pela bitola métrica na composição até as Oficinas de Triagem, chegando já na hora do grande movimento de retorno dos trabalhadores.

Oficinas de Triagem – Imagem: Melekh

 

Oficinas de Triagem – Imagem: Melekh

 

Estação Triagem – Imagem: Melekh

Na foto da Estação Triagem, poderá ver a abundância de pessoas, o detalhe é que ainda a plataforma não fora aumentada e adaptada para as composições, fruto de diversas reclamações dos usuários.

Estação Triagem – Imagem: Melekh

 

Estação Triagem – Imagem: Melekh

Em Triagem, passei para a plataforma do Ramal Belford Roxo e embarquei no trem rumo a Pilares (Cintra Vidal) e para fechar, fiz uma foto com o Cargueiro da MRS, já ao anoitecer.

Trem de cargas da MRS passando por Cintra Vidal (atual Pilares) – Imagem: Melekh

 

Trem de cargas da MRS passando por Cintra Vidal (atual Pilares) – Imagem: Melekh

 

Trem de cargas da MRS passando por Cintra Vidal (atual Pilares) – Imagem: Melekh

Este é o meu breve relato…

 

Texto escrito em 16 de novembro de 2019 às 0h00
Última atualização em 16 de novembro de 2019 às 0h00
Revisão de texto e readequação de imagens em 02 de dezembro de 2024 às 20h32
Imagem de capa e imagens do artigo: Carlos Alberto Ramos ‘Melekh’

VEJA TAMBÉM  O motivo do fracasso das ferrovias no Brasil (2) — As locomotivas

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  • O Departamento de Pesquisas e Projetos Trilhos do Rio surgiu como um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses. Entre os anos de 2014 e 2021 fomos formalizados como uma ONG, a Associação Ferroviária Trilhos do Rio, e desde 2024 fazemos parte, como um departamento, da Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil

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