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✍️ Mozart Rosa
📅 16/10/2020
🕚 12h00
📷 Divulgação




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Esta é a continuação da apresentação do nosso segundo projeto: a Ferrovia Centro-Sul Fluminense. Caso não tenha lido a primeira parte, clique no link abaixo:

 

O Estilo Leopoldina de ser – Parte 01


E para quem está curioso com o “Expresso de Horgwarts” do filme do Harry Potter que aparece como imagem de destaque desse artigo, leia-o por completo e se surpreenda.

Desejamos a todos mais uma vez uma boa leitura!

 


 

Vamos dar prosseguimento às considerações que julgamos importantes e que tornam o projeto “Ferrovia Centro-Sul Fluminense” viável, acompanhem:

6ª Consideração: Transporte Militar

Em outros países existe forte ligação entre ferrovias e as forças armadas, mas aqui no Brasil a coisa ficou ao léu. Para mudar isso propomos que no ramal para Valença seja construído um sub-ramal indo para o Esquadrão Tenente Amaro de Carros de Combate, uma unidade do Exército Brasileiro que fica nessa cidade. Veja abaixo um vídeo produzido pela equipe AFTR que resume isso:

Esse ramal possibilita inicialmente aos veículos ali aquartelados chegarem a várias cidades da Zona da Mata Mineira, posteriormente podendo chegar até o centro do Rio de Janeiro. Aliás, quem sabe mais aonde isso alcançaria visto que isso pode fomentar novas ferrovias mais e mais para o interior de Minas Gerais, que com esse acesso ao Rio e a portos do Rio pode rever suas políticas de incentivo às novas indústrias.

 

7ª Consideração: Carga Viva

Já mostramos em nossa postagem sobre a Guerra das Bitolas os problemas provenientes da extinção do transporte de carga viva pela ferrovia, confira no link:

A Guerra das Bitolas (4): abrindo mão do faturamento

 

Abaixo um vídeo sobre o transporte de carga viva:

 

Essas regiões por onde passarão as linhas do nosso projeto têm forte tradição leiteira, e a ferrovia pode incentivar a construção de abatedouros para abate de gado que chegará de trem, e posterior transporte da carne abatida.

 

8ª Consideração: Laticínios

A gigantesca empresa de laticínios Fonterra Co-operative Group opera trens transportando leite todos os dias, principalmente durante a temporada de ordenha. A imagem mostra a Fábrica de leite Whareroa, uma das maiores do mundo. Fonte: Stuff

 

Outro produto que já foi transportado pelas ferrovias e que com veículos adequados pode voltar a ser transportado, lembrando que a Piracanjuba em sua fábrica de Três Rios, processa diariamente mais de 300.000 litros de leite oriundo de cidades do interior de Minas Gerais.

VEJA TAMBÉM  Projetos inadequados e suas aplicações equivocadas 4 – Metrô de Macaé

 

9ª Consideração: Passageiros e Turismo

Pode o concessionário da Ferrovia Centro Sul Fluminense, por meio de parceria com empresários do setor rodoviário, subconcessão, participação acionária em outra empresa com essa finalidade, ou por investimento próprio, operar com veículos adequados o transporte de passageiros para a região.

Veículos esses já mostrados no site Trilhos do Rio

Não seria a grande fonte de faturamento, mas seria um segmento lucrativo: as cidades por onde passa a ferrovia são cidades que possuem atrações turísticas, são cidades de veraneio, de moradia de parentes de moradores do município do Rio de Janeiro que periodicamente vão visitar os parentes, além da mobilidade comum das pessoas mantendo o foco de desenvolvimento regional.

Atrairia ainda para a região turistas europeus acostumados a se locomover por trens, que em visitas ao Brasil, sentem falta desse modal e que pouco se aventuram a conhecer cidades do interior pela questão da mobilidade.

 

10ª Consideração: Industria Cinematográfica.

Você sabia que os custos de produção da indústria cinematográfica no Brasil são bem menores que nos Estados Unidos? Sabia que, embora nossa produção cinematográfica não seja tão constante e volumosa, nossos profissionais da área são extremamente competentes, sendo inclusive reconhecidos internacionalmente?

Filmes como “O sequestro do Metrô 123” podem ser produzidos em território nacional Foto: Divulgação

 

Agora você imagina que o retorno do setor ferroviário na totalidade, com a eventual reforma e reconstrução de estações de cidades no interior de Minas Gerais, como Chiador, Penha Longa, Santa Fé, só para citar algumas, possibilita “vender” no exterior a imagem dessas cidades, de modo a poder trazer para essas localidades produções cinematográficas com temáticas históricas eventualmente passadas em outros países, mas que podem se aproveitar das paisagens rurais de tais localidades, bem como de suas estações reconstruídas/reformadas? E claro, gerando receita para a cidade e renda para seus cidadãos?

 

A Trilogia Senhor Dos Anéis foi filmada na Nova Zelândia. O filme Harry Potter foi filmado na Inglaterra

 

Existem nos Estados Unidos e na Inglaterra, pequenos trechos ferroviários dedicados a essas atividades, sendo regularmente utilizados pela indústria cinematográfica.

A estação ferroviária Simplício, em Além-Paraíba (MG), foi recentemente reformada. Todo o seu entorno possui espaço suficiente para gravações e produções de filmes de época, ambientando inclusive cenários internacionais. Foto: Além Paraíba História

 

11ª Consideração: Veículos de Serviço

A ferrovia não serve só para o transporte de produtos, pode servir à nossa população também, transportando veículos que oferecem serviços como:

  • Serviços de Imagem;
  • Serviços Dentários;
  • Justiça sobre Trilhos;
  • Castração animal, etc.

Veículos que ficariam estacionados em determinadas cidades por um curto espaço de tempo e depois seguiriam para outras. Empresas privadas podem alugar carros junto às concessionárias e fazer campanhas publicitárias. Bancos podem ter veículos móveis para prestar serviços em eventos.

A ferrovia a serviço da coletividade

 

VEJA TAMBÉM  Prefeito de Barra Mansa debate sobre transposição de linha da VLI

Veículos Ferroviários para a Segurança Pública

 

 

O corpo de bombeiros de cada estado pode ter um veículo para transporte de tropas para combate a incêndio em locais por onde passa a ferrovia, tracionando um vagão tanque com capacidade para 60.000 litros, água que ajuda a apagar muito incêndio.

 

As ferrovias e a natureza

Abaixo, link mostrando o estrago feito na reserva de Poço das Antas, onde a ferrovia paralisada e a ausência de nossos veículos aumentaram ainda mais o estrago, que poderia ser minimizado.

Projetos inadequados e suas aplicações equivocadas (5-Final)

 

12ª e final: Considerações Geopolíticas

Os governos mundiais já sinalizam repatriar a produção de diversos produtos, atualmente fabricados na China. A pandemia de COVID-19 acentuou isso, e sendo assim, uma boa parte do que hoje é produzido na China deve passar a ser produzido não novamente nos Estados Unidos ou nos Países Europeus, que tem custos de produção elevado, mas na Índia e em outros países parceiros do Brasil.

 

Dentre eles, os tênis da Nike, Puma, Adidas, alguns eletrônicos como o iPhone, entre tantas outras coisas

 

Um pouco de articulação política e mudanças em nossas legislações podem trazer para diversas regiões do Brasil essa produção. Três Rios e cidades mineiras da Zona da Mata podem se beneficiar disso. Cidades que tem uma mão de obra extremamente qualificada. Tecelagem de Dri-fit, fabricação de aparelhos de precisão de todos os tipos, esses são apenas alguns exemplos. Produtos estes que podem ser produzidos e enviados para exportação via Porto de Itaguaí e para atender ao mercado consumidor do Rio de janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Tudo por conta do trem.

 

Viável é: basta apoio do governo e gente competente, dentro e fora do governo, tocando o projeto

 

Trem fechado transportando veículos, algo aperfeiçoado ao que já foi feito no Brasil, com vagões-cegonha transportando carros. Foto: The Wall Street Journal

 

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Agradecemos a leitura. Até a próxima!

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Autor

  • Mozart Rosa

    Iniciou sua carreira profissional em 1978 trabalhando com um engenheiro que foi estagiário da RFFSA entre 1965 e 1966, que testemunhou o desmonte da E.F. Cantagalo e diversas histórias da Ferrovia de Petrópolis. Se formou Engenheiro Mecânico pela Faculdade Souza Marques em 1992, foi secretário-geral Trilhos do Rio no mandato 2017-2020 e atualmente ocupa o cargo de redator do site, assessor de contatos corporativos e diretor-técnico.

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