HOMENAGEM ÀS PROFESSORAS CINTIA CHAGAS E LAURA BRENNER
E O QUE ISSO TEM A VER COM AS FERROVIAS?
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Não, não é uma homenagem vazia em busca de visualizações. Nossa citação às professoras acima decorre do fato de que uma é mineira e a outra é goiana. Estados que são o mote de nossa postagem. Além de fazermos uma homenagem àquelas pessoas que defendem ardorosamente nossa língua, assim como nós defendemos nossas ferrovias.
Recentemente fizemos uma postagem sobre logística onde mostramos diversos exemplos da logística deficiente do estado do Rio de Janeiro, a postagem está abaixo.
E mostramos a enorme quantidade de empresas alimentícias que produzem seus produtos em Minas Gerais e Goiás e os trazem para o Rio de Janeiro para comercializá-los, mostramos o caso do macarrão instantâneo Carrefour fabricado no município de Aparecida de Goiânia em Goiás, que de Goiás vai para o centro de distribuição do Carrefour em São Paulo, para então vir para o Rio de Janeiro, além de diversas marcas de atomatados fabricados lá e comercializados aqui, mas que antes vão para seus respectivos centros de distribuição em São Paulo. Qual a lógica disso?
Esse transporte encarece tais produtos, que, vindo direto para o Rio de Janeiro e para o sul de Minas Gerais, poderiam chegar mais baratos aos consumidores dos respectivos estados.
Como resolver isso? Para isso, precisamos primeiro interpretar textos, interpretar frases.
Vamos analisar e interpretar as frases abaixo.
- Frase 1: Devemos construir uma ferrovia ligando Goiás ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais.
- Frase 2: Devemos incentivar a construção de inúmeras ferrovias independentes pelo empresariado, interligando-as posteriormente, ligando Goiás ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais.
Embora em princípio as duas frases tenham o mesmo objetivo e descrevam em tese o mesmo, elas descrevem situações práticas bem diferentes.
Interpretando corretamente a frase 1: Entendemos seu objetivo, construir um empreendimento gigantesco, bancado pelo governo, ou seja, por nós, sem prazo real para terminar, apenas um prazo teórico e propagandístico, que certamente levaria décadas para ser concluída se o fosse, e a um custo exorbitante, e que a cada mudança de governo poderia ser paralisada, projeto refeito, verba que acabaria, sendo a obra colocada em segundo, terceiro ou quarto plano dependendo do governo da ocasião. Desculpas infinitas para paralisar essa obra que, assim como a Ferrovia do Aço, nunca seria concluída.
Interpretando corretamente a frase 2: Teríamos diversas ferrovias independentes construídas por diversos empresários por sua conta e risco com prazo de no máximo 5 anos para serem concluídas e integradas, obras sem grandes recursos públicos, mas com a participação de diversos empresários locais, cabendo aos governos locais, licenças, desapropriações e eventuais investimentos em obras de infraestrutura, e outros apoios. Obras que individualmente atenderiam às expectativas de seus construtores gerando lucros, mas que interligadas aumentariam substancialmente esses lucros daqueles que as construíssem.
Considerando que os empresários em questão poderiam ser empresários do setor de transporte rodoviário de cargas e de passageiros que poderiam se consorciar, além da participação de diversas empreiteiras especializadas em infraestrutura, Eco Rodovia e Via Engenharia só para citar algumas, esses empresários que já pagam rotineiramente pedágio nas rodovias por onde trafegam seus veículos. Pagariam sem problemas um valor de direito de passagem pelas ferrovias que não fossem suas para trafegar nelas suas composições, e atingir distâncias maiores.
Distâncias essas que poderiam ser de Goiás ao Rio de Janeiro.
Vejam a nossa postagem abaixo sobre nossa proposta para direito de passagem:
Percebem a sutileza da diferença entre ambas as frases? Ambas vendem a mesma ideia, mas a primeira vai trazer dor, sofrimento e decepção, para a parcela da população que acreditar nela, mas vai fazer a riqueza de empreiteiras e dos burocratas envolvidos em sua execução que obviamente não vai ser concluída, a segunda vai gerar enorme alegria nessa mesma população ao ver as obras sendo executadas, os trilhos assentados e mais felicidade ainda ao ver os trens passando depois que varias dessas ferrovias forem conectadas, além de gerar riqueza licita para os que empreenderam na construção das diversas ferrovias.
Já que nosso texto é sobre interpretação de texto, interpretemos o texto abaixo:
O que mudou no setor ferroviário nos últimos 30 anos desde o governo de FHC, com a extinção da RFFSA e desde o governo militar, cuja grande obra até hoje não ficou pronta, a ferrovia do Aço? Podemos falar da ferrovia norte-sul, concluída recentemente pelo empresariado e iniciada no Governo Sarney 35 anos atrás.
Não seria o momento de aceitar ideias novas? Novos conceitos? Ou continuaremos com as mesmas ideias, fazendo as mesmas coisas esperando resultados diferentes?
OS ESTADOS ASSUMINDO O PROTAGONISMO
Essas propostas podem fazer voltar algo que existia no período imperial e nos primeiros anos da República, quando estados tinham também o protagonismo de criar leis permitindo a construção de ferrovias.
Podem os estados interessados autorizar a construção de ferrovias em suas áreas geográficas, até as suas respectivas fronteiras. Essas ferrovias seriam posteriormente interligadas, atingindo os portos do Rio de Janeiro e seu mercado consumidor. Além de parte substancial do sul de Minas Gerais, e fazendo o caminho inverso, assim como facilitaríamos a vida dos produtores goianos, abriríamos o mercado goiano para produtos fabricados no Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais.
Restabelecendo talvez algo onde o Rio de Janeiro já foi muito forte, que foi a sua indústria metalomecânica. A CSN fornecedora de chapas, é aqui. Nossa indústria metalomecânica fornece produtos para aquela região.
Algo a ser pensado pelos governos da região que, com as ferrovias conseguiriam enorme desenvolvimento econômico, e sem coçar muito o bolso, basicamente apenas usando a caneta para conceder licenças e alguns benefícios fiscais.
E algo a ser pensado pelos empresários locais que teriam com a construção de ferrovias mistas visando o transporte de cargas passageiros e lixo, um belo faturamento dessas ferrovias que atenderiam algumas localidades regionais e que posteriormente interligadas aumentariam seu faturamento de forma bem significativa. Ferrovias que individualmente teriam de 100 km, 150 km até 200 km, mas que interligadas poderiam chegar a ter mais de 1500 km.
Ligando o Rio de Janeiro ao centro oeste do Brasil, passando por Minas Gerais.
Nada impede que essa proposta alcance os estados do Mato Grosso e do Tocantins.
Imagem puramente ilustrativa, onde a linha em vermelho mostra uma possível linha férrea ligando quatro estados produtores de commodities sem saída para o mar, chegando ao Rio de Janeiro e seus portos.
Linha essa a ser construída em pedaços, pelo empresariado, e posteriormente interligada.
Sem os megalomaníacos e monopolistas que existiam no governo Geisel, não teríamos a Guerra das Bitolas, a Ferrovia do Aço, e o desmantelamento das ferrovias mineiras, entre elas a V. F. Centro-Oeste, que devidamente reformada estaria servindo até hoje o povo mineiro e serviria de base para essa proposta.
Algo que deveria ser pensado.
A IMPORTÂNCIA DOS PARLAMENTARES
Tem uma piada que diz que o homem sozinho não é nada, nem corno. Para tais propostas saírem do papel, será preciso da ajuda de muitas pessoas, inclusive de parlamentares, abaixo dois proeminentes parlamentares de Minas Gerais e Goiás. Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer.
Se algum leitor puder encaminhar a esses senhores, ou a seus assessores, nossas propostas, todos têm a ganhar. O Brasil, os respectivos estados, suas respectivas populações, os empresários desses estados e as economias desses estados. É muita gente a se beneficiar. Que os parlamentares entendam isso.
Obrigado aos que chegaram aqui.
Texto escrito em 31 de agosto de 2024 às 11h33
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 15h50
Imagem de capa: Pexels.com
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