✍️ Mozart Rosa
📅 04/08/2020
🕚 12h00
📷 Frame do videoclipe de Ney Matogrosso da música “Tem gente com fome”
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Update do texto 1 de “A Guerra das Bitolas”
De todas as fotos publicadas em textos da AFTR talvez a mais emblemática seja a foto abaixo, mostrando a estação de Manguinhos (ainda com o nome de Amorim) da antiga EF do Norte, atual ramal de Gramacho/Saracuruna. Em destaque, as quatro linhas em bitola métrica que atendiam o trecho naquela época.

Essas linhas partiam da Estação Leopoldina (Barão de Mauá) e chegavam a Petrópolis e Teresópolis, além de outras cidades e localidades do recôncavo da Baía de Guanabara e do Norte-Fluminense via Magé e Itaboraí. Também alcançavam Três Rios via ligação São Bento x Ambaí (entre 1968 e 1988) e, a partir de Miguel Pereira, por onde os trens passavam via Linha Auxiliar, alcançava também Vassouras, Valença e outros pontos do interior do estado.
De Três Rios era possível chegar à Ubá, Caratinga e a Cataguases, dentre outras cidades de Minas Gerais. Hoje é impossível, pois várias destas ferrovias não passam mais pelas localidades, foram extintas.
Perceberam o quanto essa loucura de alargamento desenfreado de linhas prejudicou várias cidades do Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
A simples eletrificação de duas linhas no trecho Barão de Mauá x Gramacho x Saracuruna, mantendo a bitola métrica nas quatro linhas, atenderia plenamente ao ramal em seu trecho suburbano.
Não existem diferenças volumétricas e de capacidades significativas nos vagões (carros) de passageiros usados em bitola métrica e nos de bitola larga. Nada que um aumento de frequência das composições não cubra.
Ao alargar duas linhas, os “jenios” do passado conseguiram estrangular a capacidade da métrica.
Abaixo um vídeo-clipe com Ney Matogrosso, gravado neste trecho ferroviário, mostrando as linhas métricas sobreviventes indo até a Leopoldina e posteriormente removidas na gestão de Sergio Cabral.
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Agradecemos a leitura. Até a próxima!
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