✍️ Redação Trilhos do Rio, com base em artigo publicado no Diário do Rio por Quintino Gomes Freire
📅 05/01/2025
🕚 18h52
📷 Capa: Senge
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A candidatura conjunta das cidades fluminenses reacende a esperança da construção de linha do metrô que conectaria o Rio a Niterói e São Gonçalo: a Linha 3, que se tornou uma lenda urbana, de tantas propostas e promessas já feitas e nunca concretizadas.
Contudo, a chance de sediar os Jogos Pan e Parapan-Americanos de 2031 está gerando nova expectivativa quanto à construção da Linha 3 do metrô no Rio de Janeiro. A candidatura conjunta do Rio com Niterói contempla, entre os principais projetos, a criação do trecho que finalmente conectaria o centro da cidade ao município de Niterói, passando por um túnel submarino que atravessaria a Baía de Guanabara.
Para que esse sonho se torne realidade, as duas cidades precisam superar a concorrência de São Paulo e ser escolhidas para sediar o evento. A proposta oficial será encaminhada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) até o dia 16 de janeiro, e a decisão final será divulgada no dia 29 de janeiro. Caso sejam selecionadas pelo COB, Rio e Niterói terão ainda que disputar a vaga com Assunção, no Paraguai, que também almeja ser a sede do Pan 2031. A decisão final sobre a sede será anunciada pela Comissão Desportiva Pan-Americana em agosto.
A Prefeitura do Rio já montou um grupo de trabalho para desenvolver propostas e buscar soluções para as demandas de infraestrutura esportiva, urbana e de mobilidade. O secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder, destaca que a Linha 3 do metrô seria um legado significativo dos Jogos Pan-Americanos para a cidade.
A ideia de criar uma linha de metrô ligando o Rio a Niterói data da década de 1970, quando o sistema metroviário foi iniciado na capital fluminense, mas o projeto nunca foi concretizado. A ligação por trilhos, entretanto, remonta ao século XIX, no período imperial! Naquela ocasião foi elaborado um projeto de ligação ferroviária entre as represas da Serra do Tinguá, na Baixada Fluminense, e Niterói, passando pela capital do Império e sob a Baía de Guanabara, construindo em paralelo uma rede de abastecimento de águas oriunda das serras citadas. Mas esta também foi uma proposta que não saiu do papel.
Em 2024, o governo do estado chegou a lançar uma licitação para estudos de viabilidade da expansão, mas o processo foi suspenso pelo TCE – Tribunal de Contas Estadual.
Schleder lembra o impacto positivo da infraestrutura da cidade com os Jogos Olímpicos de 2016 e a capacidade do Rio de sediar grandes eventos.
“Acho que o Rio se consolidou como um destino para grandes eventos internacionais. Não será sempre uma Olimpíada ou um Pan-Americano, mas eles abrem portas para muitos outros eventos menores”, afirmou, citando o Campeonato Mundial de Canoagem e o Campeonato Mundial de Ginástica, que ajudaram a impulsionar o turismo na cidade.
O secretário reforça a relevância do turismo para a economia local e destaca a variedade de eventos que o Rio está buscando sediar, de diferentes escalas.
“Somente com corridas, por exemplo, tivemos mais de 300 no ano passado. Cada pessoa que vem participa, paga pelo hotel, alimentação, transporte, trazendo a família. Então, para qualquer evento, seja pequeno ou grande, o Rio se coloca como candidato”, concluiu Schleder.
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