No último dia 3 de dezembro foi publicada no Jornal O Dia uma matéria, intitulada “Trens no Rio fora dos trilhos”, escrita pelo vereador Pedro Duarte, onde ele comenta sobre o processo de transição no sistema ferroviário de transporte de passageiros durante os próximos meses. Abaixo um resumo do texto, que pode ser lido na íntegra neste link (clique aqui):
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A operação dos trens passará por mais uma mudança de controle, com um período de transição supervisionado pelo Governo do Estado, que assumirá a gestão temporariamente antes de lançar um novo edital de concessão. O objetivo declarado é garantir a continuidade do serviço e promover melhorias no transporte ferroviário. No entanto, as dúvidas permanecem: será essa uma solução eficaz ou mais uma medida paliativa para enfrentar problemas que se arrastam há anos?
A SuperVia atende cerca de 306 mil passageiros diariamente em uma malha de 270 quilômetros e 104 estações, enfrentando desafios como superlotação, atrasos, furtos de cabos e tarifas elevadas — atualmente em R$ 7,10. Para manter o sistema funcionando, o governo investirá R$ 300 milhões durante os nove meses de transição, com um observador nomeado para monitorar decisões operacionais e financeiras.
Essa transição evidencia falhas históricas na gestão do transporte ferroviário, agravadas pela desistência da japonesa Mitsui em 2023, que atribuiu sua saída a prejuízos financeiros, furtos e falta de segurança. Embora o governo critique o modelo de concessão atual, ele próprio foi omisso ao longo dos anos, falhando em fiscalizar e apoiar adequadamente a operação.
A contratação da CPTM para estudos técnicos é um passo positivo, mas há receio sobre a transparência e a utilização dessas informações no novo edital. O Estado precisa atuar como regulador eficiente, garantindo que a próxima concessão seja pautada por metas claras, fiscalização rigorosa e modernização real do sistema.
O desafio é transformar a transição em uma oportunidade de reestruturar o transporte ferroviário, com integração entre os governos municipal e estadual. Caso contrário, a conta continuará sendo paga pelos passageiros, que merecem um serviço digno e eficiente.
Com informações do Jornal O Dia
Texto escrito em 3 de dezembro de 2024 às 0h00
Última atualização em 3 de dezembro de 2024 às 0h00
Imagem de capa: A Voz dos Municípios
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