✍️ Mozart Rosa
📅 20/05/2020
🕚 12h00
📷 Capa: Acervo Benício Guimarães, Trem de Dados
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Dando continuidade a uma série de textos de cunho eminentemente técnico, iremos explicar os prováveis motivos da queda do setor na totalidade, ao longo de anos. Tentaremos assim esclarecer diversos pontos que até hoje são debatidos, mas por vezes equivocadamente divulgados e defendidos, e assim demolir uma série de mitos.
Boa leitura a todos.
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A Influência de egressos da RFFSA no futuro do setor ferroviário
Primeiro, entendamos o seguinte: ferrovia normalmente é um negócio. E um negócio tem por premissa gerar lucro. Diferente de rodovias que podem ser pedagiadas ou não, ferrovia praticamente sempre é um negócio. E nesse contexto a RFFSA sempre deu prejuízo.
Durante a sua existência, a Revista Maiores e Melhores, publicação anual da Revista Exame, sempre listou a RFFSA como:
- O maior prejuízo;
- O maior número de funcionários;
- O maior patrimônio.
Portanto, como achar que alguns profissionais influentes egressos da antiga RFFSA — que não eram cobrados pelo resultado financeiro da empresa, que trabalhavam em um ambiente onde ao final de cada ano se sabia que com prejuízo ou não a empresa continuaria de pé, pagaria seus salários e manteria seus empregos — tenham hoje a necessária visão empresarial de apresentar propostas palpáveis e possíveis para o setor?
Quem, que está lendo esse texto, já não ficou preocupado em perder o emprego pelo fato de a empresa em que trabalha não estar faturando, obtendo lucros ou rendendo o esperado? Isso nunca aconteceu com egressos da RFFSA.
Portanto, apesar do enorme conhecimento técnico desse grupo — que pode ser discutível, por existirem casos e casos, pessoas e pessoas — como acreditar que essas pessoas possam apresentar propostas empresariais consistentes para o setor?
Pensem, reflitam e opinem.
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