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✍️ Redação Trilhos do Rio
📅 19/03/2025
🕚 12h32
📷 Equipe de fiscalização da GERFIP


Os bondes de Santa Teresa, um dos mais icônicos símbolos do Rio de Janeiro, continuam a ser um ponto de fascínio e, ao mesmo tempo, de preocupação. O motivo é que vários destes veículos encontram-se distribuídos em diversos pontos da cidade, inclusive na estação Barão de Mauá, a estação Leopoldina, que está sendo reformada e demandando a manobra ou retirada do material rodante que ainda encontra-se em seu pátio, e isso inclui alguns exemplares dos bondes de Santa Teresa.




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Prefeitura solicita retirada de trens da área da Estação Barão de Mauá (Leopoldina)

Recentemente a Redação Trilhos do Rio teve acesso a um extenso laudo técnico, que oferece um panorama detalhado da condição atual dos veículos, abrangendo tanto os modelos antigos quanto os modernizados. Este documento, rico em informações, permite compreender melhor os desafios e as necessidades de preservação deste importante patrimônio.

Os bondes antigos, ou seja, que não passaram por modernização, realizada pela T’Trans a partir de 2005 e entregues até 2009, encontram-se em sua maioria em um galpão em Santa Teresa, além do Bonde 08 e do Bonde SOS 105, que estão em desvios da estação Carioca.

Tabela de bondes e localização atual – Imagem: divulgação SETRAM e CENTRAL Logística

Já os bondes modernizados, de números 01, 02, 03, 06 e 07, resultado de um processo de atualização que visava aprimorar a segurança e o conforto dos passageiros, encontram-se na estação Barão de Mauá. Alguns exibem condições relativamente boas, enquanto outros apresentam problemas que demandam intervenções mais urgentes. A modernização, embora tenha trazido melhorias significativas, não eliminou obviamente a necessidade de cuidados contínuos. Por estarem desprotegidos e expostos à intempéries, o desgaste natural prejudica a funcionalidade e a segurança desses veículos. Contudo, em laudo do ano de 2022, as intervenções necessárias não seriam tão consideráveis quanto os Bondes antigos, sendo basicamente a reposição da parte elétrica e eletrônica e outros ajustes, ao contrário dos Bondes antigos que necessitam de intervenções maiores visando aumentar a segurança do tráfego e a modernização em geral.

Ainda segundo informações internas, recebidas recentemente, os trâmites necessários para a retirada do material rodante da estação Barão de Mauá estão se iniciando mesmo pelos Bondes que encontram-se no pátio, em número de 5 (cinco) unidades, como mencionado anteriormente. O destino seria o CMD de Deodoro, atualmente administrado pela Supervia.

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A destinação do material histórico que ainda se encontra no pátio da estação Barão de Mauá desperta muita preocupação pelas entidades preservacionistas do estado do Rio de Janeiro e pela população que acompanha o andamento das intervenções realizadas no local. Equipamentos como a locomotiva FA-1 (conhecida como “Biriba”, único exemplar ainda existente no Brasil, mas em péssimo estado – vide foto acima), carros de passageiros do trem Cruzeiro do Sul, guindastes ferroviários e até mesmo o conjunto reformado (em 2005) de carros de passageiros que seria utilizado no serviço “Trem-Barrinha” (que ligava Japeri a Barra do Piraí) esperam há anos por uma destinação digna. Mas, infelizmente, tanto os bens tombados como os não tombados (como os carros do “Barrinha”) sofrem dia após dia, mês após mês, anos após anos, com o descaso e falta de ações visando a preservação, ou até mesmo o uso, deste material rodante.

Em breve mais informações.

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Autor

  • O Departamento de Pesquisas e Projetos Trilhos do Rio surgiu como um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses. Entre os anos de 2014 e 2021 fomos formalizados como uma ONG, a Associação Ferroviária Trilhos do Rio, e desde 2024 fazemos parte, como um departamento, da Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil

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