✍️ Sam Heughan Niall
📅 09/12/2024
🕚 11h32
📷 Google Gemini (imagem gerada por Inteligência Artificial)
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Esta é a continuação da primeira parte do artigo deste tema.
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Desejamos a todos uma boa leitura!
A Invenção das Máquinas a Vapor, a Revolução Industrial e um Pouco da história da Industrialização do Brasil.
As Máquinas a Vapor
No site Trilhos do Rio foi publicado um artigo onde tentávamos mostrar os problemas enfrentados pelo Brasil para ter ferrovias, mostrávamos nessa mesma postagem um pouco da história das locomotivas a vapor.
https://www.trilhosdorio.com.br/aftr_wp/porque-as-ferrovias-nao-dao-certo-no-brasil/
Aqui detalharemos mais o assunto, mostrando novamente a importância da tecelagem, dessa vez tentaremos detalhar o início da pujança econômica do império inglês proporcionado entre outras coisas pela invenção das máquinas a vapor e de tudo que veio em volta delas.
Vamos à cronologia histórica:
Abaixo, desenho de uma Eolitica, equipamento descrito pelo matemático grego Heron de Alexandria, pelo menos há 2000 anos, não se tem conhecimento de que ele tenha construído tal máquina.
Em 1679, o físico francês Denis Papin cria a Marmita de Papin, precursor da panela de pressão e o primeiro equipamento a dar um uso ao vapor. Precursor das atuais panelas de pressão, criou também a primeira válvula de segurança para evitar que ela explodisse.
Em 1698, Tomas Savery entendendo as potencialidades do vapor, cria um motor a vapor visando bombear água do interior das minas de carvão existentes na Inglaterra, para evitar inundações.

Em 1712, Thomas Newcomen aperfeiçoando as ideias de Tomas Savery desenvolve um motor a vapor que usava o vapor para mover um pistão.

Em 1769, James Watt melhora o equipamento de Thomas Newcomen, e cria aquela que podemos chamar de máquina a vapor primordial. A partir dali tudo é história.

Watt inventou o condensador, para resfriar o vapor d’água, melhora o pistão criado por Thomas Newcomen, cria o cavalo-vapor como unidade de medida para determinar a potência de uma máquina, faz inúmeras melhorias. E em 1882, no segundo congresso da associação britânica para o avanço da ciência, em homenagem a ele, foi dado o seu nome à unidade de medida de potência elétrica do SI, Sistema Internacional de Unidades.
O motor a vapor foi fundamental para o desenvolvimento da indústria e da Revolução Industrial, permitindo a criação de máquinas para a mineração, indústria e transportes.
Quem tiver maior interesse sobre a origem das máquinas a vapor abaixo um filme do YouTube sobre a invenção das máquinas a vapor:
Sobre James Watt e sua invenção de uma máquina a vapor aperfeiçoada, credita-se a ele com sua invenção o início da revolução industrial e aqui vai uma opinião.
O homem que inventou a impressão foi como todos sabem foi Gutemberg em 1439, mas quem efetivamente popularizou a tipografia e fez da produção de livros um negócio foi o editor italiano Aldo Manúcio.

James Watt criou efetivamente com seus aperfeiçoamentos a máquina a vapor primordial, mas quem a usou para conseguir resultados em outras áreas, foi o Reverendo Edmund Cartwright que cria os teares movidos a vapor. Como deixamos claro, essa é apenas uma opinião.
Se a intenção é datar um novo ciclo, devemos pensar em creditar a Ricardo Arkwright, o início desse novo ciclo pelas inovações administrativas que ele promoveu. A comparação com Aldo Manúcio é bem pertinente.
E eis que surgem as Locomotivas.
Em 1804, o engenheiro Richard Trevithick fez uma locomotiva de um só cilindro com êmbolo e caldeira que carregava barras de ferro das siderúrgicas.

Em 1812, John Blenkinsop, constrói a Salamanca, a primeira locomotiva funcional para uso no transporte de minério de ferro para ferrovias, cria o primeiro sistema efetivo de cremalheiras por não acreditar que a simples aderência das rodas nos trilhos pudesse fazer a locomotiva se mover. Na época, o uso desse modelo rudimentar de cremalheira visava apenas fazer as locomotivas e vagões andarem pelos trilhos. Com o passar dos anos, o sistema foi aperfeiçoado para uso em rotas ferroviárias inclinadas para melhoria da adesão.
Abaixo a página da Wikipedia desse cidadão ilustre e desconhecido por muitos que estudam as origens das ferrovias.
https://en.wikipedia.org/wiki/John_Blenkinsop


Em 1814, finalmente George Stephenson cria uma locomotiva funcional, chamada de Blucher, que conseguia puxar uma carga de 30 toneladas a uma velocidade de 6 km/h. Stephenson também foi responsável pela primeira linha férrea, a Stockton and Darlington Railway, inaugurada em 1825, com 61 km de comprimento.

Observem que narramos um processo evolutivo com a participação de diversos inventores que culminou no decorrer dos anos com a invenção da máquina a vapor e posteriormente com a adaptação de rodas nessa máquina a vapor, criando as locomotivas a vapor e as ferrovias.
Mas ninguém conhece quem efetivamente inventou ou em que civilização se inventou a fiação e o tear dos tecidos, lá atrás.
Bônus, Os Navios a Vapor.
O primeiro navio a vapor a realizar uma viagem foi o Clermont, lançado em 1807 pelo construtor de navios Robert Fulton nos Estados Unidos. O Clermont tinha 130 pés (aprox. 40 metros) de comprimento e navegou no rio Hudson.

O primeiro navio a vapor a atravessar o Atlântico foi o SS Savannah, em 24 de maio de 1819.

Considerando o Savannah, ser um navio de madeira com velas onde foi adaptado um motor a vapor, os anjos da guarda da tripulação fizeram hora extra. Motores a vapor da época se caracterizavam pela constante emissão de fagulhas, provocando rotineiramente incêndios. E desconhecemos relatos de navios a vapor fazendo trajetos tão extensos que tenham se incendiado.
O aço mudou o mundo, mudou a própria construção naval em coisas simples, como a construção das correntes para navios, que anteriormente eram feitas com corda. A Ancora já existia e era feita de ferro, já as correntes passaram a ser feitas de aço. Vamos agora à história do aço.
A Revolução Industrial.
Novamente fica a pergunta: Onde e quando efetivamente surge a revolução industrial?
Na criação das máquinas ou na criação da estrutura empresarial?
O Ferro e o Aço.
A manufatura do ferro já era conhecida desde o império romano ou até antes disso. Considera-se que a chamada era do ferro tenha começado 1200 a.C. e com o passar dos anos foi sendo aperfeiçoada. Na Inglaterra do século XIX, a produção de ferro já era comum, para a fabricação de bancos, postes, estruturas, e esse minério era transportado por carroças tracionadas por animais. Os donos das pequenas siderúrgicas da época procuravam novas formas de trazer das minas o minério de ferro, que é extremamente pesado comparado com outras cargas. Os trilhos já tinham sido inventados, como forma de facilitar o transporte, mas a tração continuava a ser por cavalos, era preciso de algum novo equipamento. Eles foram grandes incentivadores para que um novo tipo de veículo mecânico fosse inventado, inclusive financiando alguns inventores.
O aumento da produção de ferro da Inglaterra foi primordial para a invenção das locomotivas a vapor. Assim como o tear a vapor revolucionou as fábricas de tecidos, a locomotiva a vapor revolucionou a metalurgia.
Em 1856, surge uma nova revolução no setor metalúrgico que mudou a história, a invenção do processo Bessemer de produção de aço. É um processo contínuo diferente do processo anterior de produção de ferro por batelada, precisando ser continuamente alimentado por minério de ferro.

Considerando que nossos leitores em sua maioria são leigos, vamos a algumas explicações:
Processo por batelada – É um modo de produção em que o sistema é operado de forma descontínua, em ciclos. Em cada ciclo, o sistema é carregado com as matérias-primas e reagentes necessários para ocorrer a reação e serem formados os produtos.
Processo de produção contínuo – É um sistema de produção contínua que visa produzir a maior quantidade de produtos no menor tempo possível, sem interrupções, continuadamente.
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