✍️ Mozart Rosa
📅 26/04/2025
🕚 12h00
📷 Sheridan Media
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*Esse pequeno texto é dedicado a quem cursou ou vai cursar administração de empresas, e para aqueles que se interessam pelo assunto acreditamos que podem aprender muito.
Primeiramente, vamos entender o que é a Procter & Gamble ou, como também é chamada: P&G. É uma multinacional americana de bens de consumo, fundada em 1837, que possui uma vasta gama de produtos de higiene pessoal, limpeza, cosméticos, saúde e suplementos. Algumas das marcas mais conhecidas da P&G incluem Always, Ariel, Downy, Head & Shoulders, Herbal Essences, Old Spice, Pantene, Gillette e Oral-B.
Mas o que a P&G tem a ver com as ferrovias? Na realidade, quase nada, falaremos aqui da P&G muito mais para mostrar a forma inteligente que ela criou para administrar sua variedade de marcas.
Ela foi a primeira empresa do mundo a criar a figura do Gerente de Produtos.
Tendo a P&G, com o passar dos anos, se transformado em uma empresa gigante, que administra diversos produtos, atendendo a diferentes nichos de mercado, ela resolveu criar a figura do Gerente de Produtos, profissional que deveria cuidar do desenvolvimento e da promoção de uma única linha de produtos. Prática que, com o tempo, foi copiada por diversas empresas.
Cada produto ou linha de produtos da (P&G) tem seu próprio Gerente de Produtos, responsável por ações para fomento das vendas desses produtos. Observem o desenho acima onde existem grupos de produtos. Cada grupo de produtos tem uma equipe própria de profissionais dedicados a promovê-los, comandada por um Gerente de Produtos.
Isso, além de criar formas de integração das empresas que, com o tempo, foram incorporadas por ela uniformizando diversas práticas administrativas, fazendo com que as empresas incorporadas com o tempo falassem a mesma língua.
MAS E AS FERROVIAS?
Já mostramos diversas vezes o fracasso empresarial que foi a RFFSA, e seu debacle, mas a ausência de práticas gerenciais modernas certamente ajudou em sua queda. Ao administrar uma enormidade de linhas e antigas empresas, nunca existiu de parte da administração da RFFSA a preocupação de segmentar sua administração por tipos de produtos transportados, ou de práticas visando unificar essas empresas que a compunham. Uma negligência administrativa brutal.
Já mostramos que até hoje, mesmo extinta, ainda existem no Rio de Janeiro associações representando funcionários que são ligados a egressos da E.F. Leopoldina e a egressos da E.F.C.B.
A RFFSA foi antes de tudo uma bagunça administrativa, simples assim.
Era segmentada em Superintendências Regionais que, na prática, representavam as empresas que passaram a fazer parte dela. Isso ajudou a criar feudos dentro da empresa que inviabilizavam a sua administração.
A FCA, uma das concessionárias criadas pós-privatização, tem com nome diferente, isso, a figura de Gerentes de Produto, profissionais que cuidam do transporte de uma linha de produtos. Isso dinamiza a operação da empresa, é assim que as grandes empresas fazem, e a RFFSA não fazia.
A prioridade eram os granéis, o “Estilo E.F.C.B. de Ser”, negligenciando o “Estilo Leopoldina de Ser”.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Eufemismo muito usado para designar empresas que se unem. E foi o que aconteceu na formação da RFFSA, união de várias empresas independentes, cada uma com suas regras, sua forma de ser, sua forma de agir. E com a criação da RFFSA foi preciso unir tudo em uma única empresa, padronizando procedimentos e ações. Isso muitas vezes nunca aconteceu.
Maior exemplo disso é termos no Rio de Janeiro, e acreditamos em outros estados, associações de ex-trabalhadores da E.F.C.B. e da E.F. Leopoldina.
O que faltou a RFFSA foi um choque de gestão administrativa.
A RFFSA foi um exemplo de como não se deve administrar uma empresa, deveria, também pelo desastre que foi, ser estudada em faculdades de Administração de Empresas e MBA de Administração.
Entenderam?
Obrigado aos que chegaram aqui.
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