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✍️ Redação Trilhos do Rio, baseada em notícia do site Enfoco
📅 17/02/2025
🕚 11h55
📷 Divulgação do projeto




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O projeto da Linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro, que promete conectar o Centro da capital a Niterói e São Gonçalo, parece estar finalmente ganhando forma. Sabemos que este projeto se tornou, praticamente, uma lenda entre diversos grupos de debate em mobilidade e transporte sobre trilhos, então: será mesmo que agora vai?

As declarações recentes do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, trouxeram novas esperanças para sua realização, especialmente com a possibilidade de sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031. Essa perspectiva tem dado ainda mais força à iniciativa, que visa não só facilitar o transporte entre as cidades da Região Metropolitana, mas também melhorar a mobilidade urbana em um sistema de transporte público rápido e eficiente. A ideia é enfrentar os desafios de trânsito e transporte da região, além de otimizar o fluxo na Ponte Rio-Niterói.

A Linha 3 do Metrô incluiria os trechos entre Praça XV, Arariboia, Alcântara e finalizaria em Guaxindiba. A obra seria executada com a tecnologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), que promete um processo mais eficiente e preciso. No entanto, embora o projeto esteja em estágios avançados de planejamento, ainda não há uma data definida para o início das obras. Durante um encontro entre os prefeitos Eduardo Paes, Rodrigo Neves e o governador Cláudio Castro no Museu de Arte Contemporânea (MAC), Paes mencionou que a aprovação do projeto depende de promessas públicas.

Paes comentou sobre a necessidade de prometer publicamente a execução da obra, destacando que esse tipo de atitude gera uma pressão positiva:

 

“Quando a imprensa começar a divulgar que o governador Cláudio Castro, o prefeito Rodrigo Neves e eu prometemos a Linha 3 do metrô, vai ser aquele alvoroço: ‘Ferrou, daqui a um mês, por que ainda não saiu?’ Mas é assim que as coisas acontecem”, disse ele.

 

O secretário Washington Reis também se manifestou, informando que a licitação para viabilizar o projeto deverá ser lançada em até 90 dias. Segundo ele, “estamos fazendo o possível para que a obra se concretize. Neves já conseguiu o túnel Charitas-Cafubá, e juntos estamos diminuindo os custos das viagens de catamarã. Agora vamos focar na Linha 3”, disse o secretário.

Desde a década de 1970, quando a construção do metrô começou, a ideia de uma linha que chegasse até Niterói já era discutida. A proposta incluía um túnel submarino que atravessaria a Baía de Guanabara. Em 2015, o custo estimado para a obra foi de US$ 2,57 bilhões. No entanto, atualmente, o valor da obra está projetado para ser em torno de R$ 13 bilhões, com possibilidade de ajustes conforme os custos de construção e novos estudos de viabilidade.

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Imagina só fazer 40 minutos de Manilha a Ipanema? Queremos instalar essas estações em Niterói e São Gonçalo e conseguir integrar o metrô, com barcas e ônibus, se possível, para otimizar o tempo de deslocamento”

 

Hoje, o sistema de metrô do Rio de Janeiro atende apenas à capital, com 54,5 quilômetros de extensão e 41 estações. A última grande expansão aconteceu para as Olimpíadas de 2016, quando foi construída a Linha 4 (na prática, uma extensão da Linha 1 a partir da estação General Osório), conectando a Zona Sul à Barra da Tijuca. O metrô transporta, em média, 650 mil pessoas por dia, mas durante as Olimpíadas, esse número chegou a aproximadamente 1 milhão de passageiros.

A ideia de uma Linha 3 do Metrô, com um túnel submerso de 3 quilômetros sob a Baía de Guanabara, começou a ser discutida em 1968. Ao longo dos anos, o projeto foi alvo de muitos debates, mas sempre ficou apenas nas promessas. Em 2000, um estudo encomendado pelo BNDES confirmou a viabilidade do túnel submarino e estimou que a ligação entre as estações Carioca, no Rio, e Guaxindiba, em São Gonçalo, atenderia 750 mil passageiros por dia, com o tempo de viagem entre as duas pontas não ultrapassando os 30 minutos.

Em 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o projeto devido a suspeitas de sobrepreço. Em 2011, o Governo do Estado apresentou um novo modelo de projeto, com previsão de conclusão para 2014, mas a licitação foi anulada posteriormente. Em 2023, uma nova licitação foi lançada para estudos de viabilidade da expansão, mas foi cancelada após análise do Tribunal de Contas do Estado.

Agora, com a candidatura de Rio e Niterói para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031, o projeto ganha uma nova chance de se concretizar. Algumas das estações planejadas incluem a Carioca (início da Linha e conexão com as Linhas 1 e 2), Araribóia, Jansen de Melo e Barreto (estas três em Niterói), Neves, VilaLage, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Mauá, Antonina, Trindade, Alcântara, Jardim Catarina e Guaxindiba.

Com as mudanças no cenário político e os desafios impostos pela candidatura dos Jogos, a Linha 3 do Metrô parece estar mais perto, ou menos difícil, do que nunca de se tornar realidade, conectando as cidades citadas de forma ágil e eficiente.

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  • O Departamento de Pesquisas e Projetos Trilhos do Rio surgiu como um grupo de amigos, profissionais, entusiastas e pesquisadores ferroviários que organiza, desde o ano de 2009, eventos, atividades e pesquisas, tanto documentais quanto em campo, sobre a história e patrimônio ferroviário do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a história e memória dos transportes sobre trilhos fluminenses. Entre os anos de 2014 e 2021 fomos formalizados como uma ONG, a Associação Ferroviária Trilhos do Rio, e desde 2024 fazemos parte, como um departamento, da Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil

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